sábado, 26 de junho de 2010

INICIANDO NOVAS IGREJAS - Pr Ary Veloso

Esse artigo foi escrito em 1994 no livro “Ultrapassando Barreiras” o Dr J. Scott Horrell foi o editor, pedi autorização da editora (Vida Nova) e do autor (Pr Ary Veloso) para colocar em meu blog devido a atualidade do mesmo. Como diz o Pr Andre Fontana " o Pr Ary sempre foi um homem muito a frente do seu tempo".

Bom proveito!

Cristiano Scuciatto

INICIANDO NOVAS IGREJAS

Estratégias Atuais para um Brasil Moderno

Ary  Veloso

Ary Veloso, Th.M., Mestre em teologia pelo Dallas Seminary EUA, plantou e foi pastor titular da Igreja Batista no Morumbi, bem como a Igreja Batista do Catuaí em Londrina - PR, Missionário da Sepal, conferencista e autor de é hora de investir (São Paulo: Sepal 1986).
O Dr Peter Wagner, autor de vários livros sobre plantação e crescimento de Igrejas, faz uma declaração no seu livro: Estratégias para o crescimento da Igreja: “Plantar novas Igrejas é a metodologia evangelística mais eficaz que se conhece debaixo do céu”. (Peter Wagner, Estratégias de crescimento da Igreja, trad. Luiz A. Teixeira Sayão, São Paulo: Sepal, 1991). Diríamos , porem, que tudo depende de como as “novas Igrejas” são plantadas, para então concordar ou não com a parte final de Wagner. O que temos visto é que muitas vezes a plantação de uma igreja na cidade, se tornam maior tropeço para a evangelização da cidade, por mais estranho que isto pareça.

A HISTÓRIA DA IGREJA DE CHAPECÓ

Vejamos como exemplo a historia da Primeira Igreja Batista de Chapecó, no estado de Santa Catarina. Chapecó é uma cidade que foi bem planejada. É bonita, com ruas largas e bem arborizadas. A economia da cidade seja mais conhecida pelo estranho nome que tem e por ser a terra da “Perdigão”, e um dos maiores frigoríficos do país. Em maio de 1971, a Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira enviou para aquela cidade o casal Pr. Eronete e Ivanilde Neves Brum. Ele tinha terminado o seminário, mas confessou-me que era totalmente inexperiente para iniciar um trabalho naquela cidade. Além disso, o salário que recebia era irrisório e ele foi obrigado a alugar uma casa muito simples no bairro da Bela Vista. No seu livro Historia dos Batistas Catarinenses, o Pr. Almir Etelvino dos Santos comenta: “Com pouco mais de um ano de trabalho e muitas bênçãos de Deus, a Igreja foi organizada no dia 30 de julho de 1972, com 19 membros, denominando-se PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE CHAPECÓ”. E continua: “A Igreja tem tido alguns altos e baixos (parece-nos que mais baixos que altos), estando hoje com 30 membros” (Almir Etelvino dos Santos, Historia dos Batistas Catarinenses – Santa Catarina: Elbert, s.d.).
Analisemos brevemente alguns pontos dessa historia lastimável (mas não tão incomum) da implantação da Igreja:
1.O casal, embora fosse muito dedicado e consagrado, não estava preparado nem bem assessorado. Faltava-lhe experiência, vivencia e visão do todo.
2.Com o salário que Pr. Eronete recebia, era impossível alugar uma casa boa, num bairro nobre da cidade, com a sala para ali iniciar o trabalho. Alugaram uma casa da COHAB, com área de 40m 2.
3.Nessa casa humilde nasce o trabalho que, pela sua configuração, é limitado à classe mais simples, mais pobre e menos preparada intelectualmente. Portanto. Levaria anos e anos para se formar uma liderança forte, com recursos para sustentar condignamente um pastor e ter homens de visão para conquistar a cidade para Cristo.
4.Sem liderança e sem recursos, o trabalho em Chapecó sofreu e ainda sofre. Vinte anos depois, está flutuando só com 30 membros e sem meios para ter um pastor.
5.O mais desanimador em tudo isso é que, em maio de 1971, Chapecó era uma cidade de 49.693 habitantes e hoje a sua população está por volta de 149.000 (dados do IBGE).
6.Assim ocorreu o nascimento de mais uma Igreja, que demorará anos a ter:
-Sustento próprio
-Liderança eficaz
-Capacidade para reproduzir-se
-Influência marcante na cidade
-Boa literatura para evangelizar
-Recursos para investir em missões, etc
Talvez o leitor pondere dizendo: “Mas não é assim que a maioria das Igrejas carismáticas começam? E veja como elas crescem!” porém eu diria, qualquer Igreja que for plantada no meio da população carente prometendo salvação para a alma, perdão para os pecados e cura para o corpo vai crescer. Também, Igrejas como assembleia de Deus, Quadrangular ou as carismáticas independentes são muito eficientes na utilização do elemento leigo e por isso crescem.
Se Chapecó fosse o único caso lastimável, eu ficaria menos triste. Mas esta historia é a realidade de muitas outras Igrejas espalhadas por este Brasil afora, não somente batistas, mas também presbiterianas, metodistas e outras. Triste Constatação, não é?

PADRÃO BÍBLICO:

PAULO AGIA ESTRATEGICAMENTE

Quando olhamos para o Novo Testamento, descobrimos que o Apostolo Paulo, o grande missionário e plantador de Igrejas, pensava e agia estrategicamente. Talvez porque, quando foi enviado, já tinha sido convertido havia doze ou catorze anos e se tornara um dos lideres de Antioquia, uma das principais Igrejas daquela época. Some-se a isso o conhecimento que adquirira do judaísmo, aprendido aos pés de Gamaliel. Em outras palavras, Paulo era um homem bem preparado que pensava a agia estrategicamente. Se Paulo não tivesse nenhuma estratégia e planos, o Espírito Santo não poderia impedi-lo (veja At 16.6-10). Por outro lado, fica claro que não eram planos superplanejados, inflexíveis e devidamente executados, mas consistiram num agir inteligente, flexível sob a orientação do Espírito Santo.
Penetrante e de grande ajuda é a observação que Roland Allen faz do ministério de Paulo quando estamos falando em implantação de Igrejas.
Em pouco mais de dez anos Paulo estabeleceu a Igreja em quatro províncias do Imperio: a Galácia, a Macedônia, a Acaia e a Ásia. Antes de 57 a.D., Paulo já podia falar do seu trabalho ali como tendo sido completado, e podia planejar viagens extensivas para o extremo ocidente sem a preocupação de que as igrejas que fundara pudessem perecer na sua ausência pela falta de orientação e apoio. O trabalho do apostolo durante esses dez anos pode, portanto, ser tratado como uma unidade. Seja qual for a assistência que ele tenha recebido da pregação de outras pessoas, é inquestionável que o estabelecimento das Igrejas nessas províncias realmente foi o trabalho dele. Nas paginas do Novo Testamento, ele, e somente ele, destaca-se como fundador delas. E o trabalho que ele realizou foi realmente completo. (Rolland Allen, Missionary Methods: St. Paul ‘s or Ours? – Grand Rapdis. MI: Eedmans, 1962).
Creio que um dos exemplos mais claros de que Paulo pensava e agia estrategicamente está no fato de ele ter preocupado com Éfeso, uma cidade da Lídia na costa ocidental da Ásia Menor com aproximadamente 225.000 habitantes, assim como Florianópolis, capital de Santa Catarina. Éfeso era a metrópole da Ásia e tinha localização privilegiada, pois ficara na estrada imperial de Roma para o Ocidente e na junção das estradas comerciais. No final do século (Ap 2), era a Igreja mais influente talvez de toda a Ásia e o Ocidente. Na sua terceira viagem missionária, Paulo trabalhou em Éfeso dois anos e três meses.
Apolo. Áquila e Priscila foram assistentes fiéis de Paulo em Éfeso. Foi ali que ele ganhou para Cristo Filemon, homem rico, influente e dono de escravos. Poderíamos ainda falar do seu ministério estratégico em Corinto, Roma e os planos de ir até a Espanha. Se Paulo pensava a agia estrategicamente, não devemos nós fazer o mesmo?

PASSOS PRÁTICOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE IGREJAS NOS “CHAPECÓS” DO BRASIL

Primeiramente, vimos como foi a implantação da Igreja em Chapecó e o resultado pouco animador, depois de muitos anos. Isto não é uma crítica aos irmãos de Chapecó mas, sim, à nossa estratégia de plantar Igrejas. Em seguida, numa pincelada, indicamos que Paulo, no livro de Atos, deixa-nos exemplos para a implantação de Igrejas, ou seja, que devemos pensar estrategicamente. Por ultimo, vamos ver o que pode ser feito, e logo nos depararmos com duas considerações.
Primeira: poderão as nossas juntas enviar para o campo missionário 5.000 dos melhores pastores já formados em nossos seminários? Não. Faltam-nos recursos e não temos pastores suficientes.
Segunda: podemos continuar a abrir trabalhos a e plantar Igrejas de modo a alcançar os muitos municípios e cidades, em nossa geração, nos moldes que nossas juntas e Igrejas vem fazendo? Não. Faltariam pastores, recursos e levaríamos anos para atingir o alvo proposto.
Quais são, então, as nossas alternativas?
USO DO RECURSO HUMANO
Sempre ouvimos dizer que “pessoas são mais importantes do que métodos”. Todavia, quando se trata de implantação de Igrejas , me parece que não acreditamos que o “recurso humano” seja de fato mais importante, pois a primeira coisa em que pensamos é o local, a capela, o salão de cultos. Nas nossas Igrejas temos um potencial grande de homens e mulheres que desafiados por nós, poderão produzir muito para o Reino. Como?
Homens que estão sendo transferidos
Com alguma frequência temos pessoas de nossas Igrejas mudando para outros lugares. O que geralmente se faz? Na maioria das vezes é dado um tapinha no ombro dele e falamos que, quando chegar lá, procure uma Igreja e não se esqueça de pedir sua carta de transferência. Quando fazemos isso perdemos uma grande oportunidade de alargar a visão e mostrar a ele como Deus pode ajuda-lo na cidade para a qual está mudando. Por exemplo: um homem de negócios convertido e discipulado em nossa Igreja foi transferido pelo companhia para a cidade de Campinas, SP, para junto do bairro Cidade Universitaria. Devido às circunstancias, sugerimos alguns passos específicos.
1.Comprar ou alugar uma casa que tivesse uma sala bem grande para estudos bíblicos. Em outras palavras, não pensar somente nele, mas também na causa de Cristo.
2.Que tivesse em mente começar o mais cedo possível um grupo de estudos Biblicos, provavelmente na sexta-feira.
3.Que nós a Igreja base em São Paulo, daríamos apoio;
-Nós iríamos lá ocasionalmente para ensinar.
-Providenciaríamos outros leigos para visitar o trabalho, dar testemunho ou ensinar.
-Que ele abriria uma conta bancária que começaria com a oferta dele próprio, que não mais seria dada à Igreja mãe.
-Que esse ou qualquer outro recurso que entrasse ali fosse usado na compra de boa literatura para evangelização, como compra de livros, folhetos, Bíblias, além de cadeiras ou jantares evangelísticos com amigos. Noutras palavras, já estávamos encorajando o empresário a investir sua oferta na evangelização e ao mesmo tempo, dando-lhe autonomia financeira.
RESUMO: o irmão foi. Hoje, após uma fase como missão, em que passou da sala de visitas para o salão de um hotel e, no momento, para um anfiteatro de uma faculdade, já foi organizada a Igreja Batista da Cidade Universitária de Campinas, contando com mais de 300 pessoas. São grandes as perspectivas para o futuro, pois já compraram um terreno de 6.000 m2 para construir seu próprio edifício. Também já começaram a plantar igrejas em duas outras cidades. Na verdade, a igreja que plantaram em Ribeirão Preto (seria então nossa neta), já está com uma frequência de mais de 250 pessoas e estão comprando um terreno de 10.000 m2.
HOMENS QUE SÃO DESAFIADOS A SE MUDAREM
Temos muitos casais em nossas Igrejas que aceitariam o desafio de mudar para outra cidade, iniciando assim um novo trabalho evangélico. Muitas vezes temos que desafiar exatamente aqueles que são os mais atuantes na nossa Igreja. O pastor que teme “perder” um casal, é alguém que não tem o reino de Deus em vista, mas apenas a “sua” Igreja.
Temos desafiado os casais mais dedicados de nossa Igreja a se mudarem de São Paulo e começar Igrejas em outras cidades. Nem sempre somos bem-sucedidos. Gostaria no entanto de deixar aqui um caso que deu certo.
Carlos e Marinelza Prandini, ambos veterinários, eram lideres dos trabalhos nos lares de nossa Igreja. Possuíam uma casa perto de Florianólopis, SC, onde passavam férias. Sabendo que santa Catarina é um estado com poucos evangélicos, inclusive possuindo o menor numero de Igrejas de nossa denominação no Brasil, começaram a orar. Foi nesse ponto que o desafiamos, com a possibilidade de “perder” um dos mais importantes casais no ministério da Igreja. Ambos aceitaram o desafio! Levaram com eles mais um casal (um advogado e sua esposa) e se agregaram a um professor universitário que já pertencera à nossa Igreja e que também mudara para lá.
Com a ajuda da Primeira Igreja Batista de Florianópolis, que nos cedeu mais um casal (ele advogado, ela professora universitária), abrimos uma missão, utilizando a sala e a garagem da habitação de um dos casais. Mais de 30 pessoas já foram batizadas. O veterinário foi ordenado pastor. A igreja já foi organizada e os membros já compraram um terreno de 6.700m2.
Como denominações, juntas, igrejas, precisamos urgentemente “lançar mão” do grande potencial “leigo” de nossas Igrejas, visando iniciar novas Igrejas.
PASTORES FAZEDORES DE TENDAS
Nossos seminários deveriam incluir no currículo algo sobre “fazer tenda”. Ensinar o jovem a descobrir como se consegue um emprego na sua “Chapecó”. Quem sabe, como professor, balconista, programador, etc. claro, vai depender da habilidade de cada um. O importante é ter o suficiente para manter a família com certa dignidade e iniciar o trabalho em base solida. Com o reino em mente, não é vergonha alguma para um pastor fazer tendas por um período.
O que precisam é desenvolver a visão de ganhar o bairro, a cidade, para Jesus Cristo, e não encarar a Igreja como “trampolim” a fim de subir a cada dois ou três anos para uma igreja maior. É necessário que absorvam a seguinte visão: Deus me chamou para ganhar este lugar para Cristo e só sairei daqui com uma ordem específica dele.
USO DE UM AMBIENTE NEUTRO
Geralmente quando vamos iniciar um trabalho numa cidade, pensa-se logo nume “capela” ou “templo”. Não precisamos e não devemos começar por aí.
Temos visto que é melhor começar nas casas, com um ambiente acolhedor, pensando inicialmente em ganhar pessoas. O trabalho iniciado na casa vai, pela graça de Deus, produzir frutos. Então as próprias pessoas vão sentir a necessidade de maior espaço. Pode-se pensar em hotéis, escolas e até bons galpões. Usamos no Morumbi o Novotel, a garagem do hotel, uma escola e finalmente estamos no nosso próprio salão. No inicio, pense em pessoas não em templo.
UMA METODOLOGIA MAIS ATUALIZADA
Por vezes, somos muito mais formais nas nossas reuniões. Usamos método e linguagem que só as pessoas de dentro da Igreja entendem. Pastor, peça a um de seus membros para escrever o testemunho dele, e você verá que a linguagem é toda evangélica e que o pagão não a entenderia.
Além de uma linguagem que seja entendida, é extremamente importante que a mensagem também seja relevante e atual. No inicio do trabalho, quando ainda estiver começando os estudos no lar para iniciar uma Igreja, aproveite até títulos das mensagens para despertar o interesse do pagão. Alguns exemplos usados por nós incluem: O jovem de hoje na historia de ontem (Lc 15); Quando um morto fala (Lc 16); Homem passivo, mulher selvagem (Gn 3.1-7); O importante é não fazer do estudo bíblico, que deve ser prático e descontraído, um cultinho todo formal e pesadamente solene.
CONCLUSÃO
Precisamos plantar Igrejas, mas elas precisam ser bem plantadas. Um trabalho que não inicia bem, leva muitos anos para se firmar, pois, lhe faltam liderança e recursos.
Vamos ser práticos. Onde você e sua Igreja gostaria de plantar uma Igreja? Ponha o nome aqui __________. Quais os recursos disponíveis? Quais são os maiores obstáculos a serem vencidos? É certo que Deus está dirigindo-os para plantar uma Igreja ali?
Há muitos “Chapecós” que precisam de sua ajuda. Parta para a oração e ação.
LIVROS SUGERIDOS
Carriker, Timóteo. Missão Integral: Uma teologia Bíblica. São Paulo: Sepal, 1992.
Hesselgrave, David J. Plantar Igrejas: Um guia para Missoes Nacionais e Transculturais. Trad. Gordon Chown. São Paulo; Vida Nova, 1984.
Keys, Lourenço Eduardo. Crescimento Equilibrado na Igreja Local. São Paulo: Sepal/Cresça, 1981.
Meeks, Wayne A. The First Urban Christians: The Social World of the Apostle Paul. New Haven, CT: Yale University Press, 1983.
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Extraído do Capitulo 7 do livro: INICIANDO NOVAS IGREJAS: Estratégias Atuais para um Brasil Moderno, - Ultrapassando Barreiras 1994 J. Scott Horrell editor, Vida Nova, ISBN 85-275-0202-X
Com permissão do autor e da editora

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A Igreja organizada pela IB Morumbi citada neste texto  e a  IBCU (Igreja Batista Cidade Universitaria)  Pr Fernando Leite site http://www.ibcu.org.br/  segundo os dados que constam no site  http://www.sedi.org.br/  (seminario digital um ministerio da IBCU) Frequencia de  1.400 pessoas e  apoio missionário na ordem de R$ 300.000 anuais. 

A outra Igreja citada e a Igreja Batista Agua Viva em Vinhedo,  (no artigo nao se fala o local pois na epoca ela estava no inicio) Pr Andre Fontana, site http://www.ibaviva.com.br/  Tambem hoje tem uma frequencia de mais de 1.100 pessoas por culto.

A Igreja citada em Ribeirao Preto e a Igreja Batista Nova Alianca site http://www.novaalianca.com Pr. Domingos Mendes Alves.



A cidade de Chapecó segundo os dados do IBGE tem uma  População 174.187 hab. est. IBGE/2009.
É considerada a Capital Brasileira da AgroIndústria!