Fanini é um nome inesquecível. Muitos, sejam evangélicos ou não, já ouviram falar dele, sempre cercado de bons feitos. Afinal, Nilson do Amaral Fanini foi um dos maiores evangelistas mundiais do século 20 - juntamente com Billy Graham - liderança máxima na denominação batista, respeitado por todo meio evangélico. Sua ficha de contribuição é imensa e ele será lembrado interminavelmente. No dia 19 de setembro, às 4.45, em Forth, Texas (EUA) - 6.45 no horário de Brasília - pastor Fanini morreu aos 77 anos. O corpo se vai, o nome jamais. Muito menos a contribuição deixada por um homem de Deus que deu a vida pelo Evangelho. Mesmo muito frágil, continuava pregando, trabalhando a frente da Igreja Batista Memorial de Niterói (RJ). Subia ao local do púlpito com dificuldade, mas prosseguia no pastorado. Atualmente, expressava seu inigualável sermão diante da pequena igreja que amava, fundada por ele há quatro anos, depois de passar por tantas tormentas que o desgastaram. Foi caluniado e humilhado por muitos que ostentam "sorrisos de hiena". Pastor Fanini os perdoou. Superou e recomeçou seu ministério. Estava em Dallas para conhecer a netinha recém-nascida, filha de Margareth, caçula do casal Nilson e Helga Fanini. No domingo, dia 13, sentiu-se mal, teve febre e foi internado. Com a saúde já enfraquecida, contraiu um forte vírus, teve complicações e derrame em vários locais. Esteve em coma desde terça-feira passada. Nessa situação delicada, a junta médica disse que o quadro era irreversível. O mais significativo nessa fase é que pastor Fanini tinha tal intimidade com Deus que estava preparando-se para "encerrar a carreira". Como se recebesse a mensagem do mestre: "Organiza tudo porque vou te chamar!" E assim, antes mesmo de viajar, escreveu cartas, deixou registros, planejou tudo. Ao pastor Oseas Silva, co-pastor de sua igreja, deu a ordem do culto do seu próprio funeral e pediu que cartas específicas fossem entregues. Estava sob o controle de Deus. E Deus foi bom demais porque permitiu que pastor Fanini morresse perto de toda sua família, junto dos três filhos, genros, noras e netos, que moram no Texas. Sua esposa pôde receber apoio da própria família. Se o casal estivesse no Brasil, a dor seria diferente. Deus fez seu coração continuar batendo, para surpresa dos médicos, por cerca de 36 horas após morte cerebral, a fim de que todos familiares estivessem ao redor de sua cama. Era um coração forte de amor pelas pessoas e ovelhas que amava. Mas parou de bater hoje cedo pela manhã. E agora há uma grande festa no céu. Uma comemoração na chegada de um servo bom e fiel, amado e que guardou a fé. Lá deve estar cantando seu hino preferido: "Quando Cristo sua trombeta lá do céu mandar tocar". Um dos mais conhecidos e respeitados líderes evangélicos do país deixa saudades. Permanece, no entanto, vivo na história do Cristianismo contemporâneo e na vida dos que bem influenciou. PREPARATIVOS FINAIS Durante a semana de 21 a 26 de setembro, pastor Fanini recebe homenagens do povo americano em Fort Word, no seminário em que completou seu Mestrado e Doutorado. Na semana seguinte, será homenageado em Niterói (RJ), com um culto em sua Igreja Batista Memorial a ainda na Câmara Municipal da cidade, onde uma cerimônia obedecerá o protocolo oficial para recebimento de autoridades constituídas. As despedidas também serão feitas com seu trajeto em carro aberto do Corpo de Bombeiros de Niterói, passando em frente da igreja onde pastoreou por mais de 40 anos, Primeira Igreja Batista em Niterói, e da sua igreja atual. BOAS MARCAS A história de Nilson Fanini é cheia de realizações marcantes. Ajudou a construir vidas, projetos, obras. Paranaense, iniciou seu ministério pastoral nos anos 50. Foi pioneiro no evangelismo em TV no Brasil com a criação do programa Reencontro, que manteve no ar por três décadas. Era um homem de mídia, elaborando programas de rádio e TV. Publicou cinco livros e produziu milhares de mensagens, estudos bíblicos e trabalhos de cunho teológico. Também foi desbravador na área de ação social quando fundou e presidiu há mais de 30 anos o Reencontro, entidade que presta atendimento médico, educacional e social aos carentes. Na área de educação teológica, construiu o Seminário Teológico Batista de Niterói. Galgou cargos importantes na denominação, como a presidência da Convenção Batista Brasileira (CBB) até chegar a ser por três anos, na década de 90, Presidente da Aliança Batista Mundial, que congrega mais de 100 milhões de fiéis em todo o planeta. Durante 41 anos, liderou a Primeira Igreja Batista de Niterói (RJ). Ali deixou marcas benéficas, moldou o caráter de ovelhas, fez a igreja se destacar como grande celeiro de produções bem sucedidas. Realizou cruzadas em 109 países, celebrou cerca de 11 mil batismos. Rendeu muitos frutos como evangelista, como líder e como pastor. |
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Faleceu o pastor Nilson do Amaral Fanini
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